Basta pensarmos em Deus para saber que ele existe.
Anselmo foi conhecido por definir um raciocínio de cunho lógico para provar que Deus existe; sua premissa parte que se Deus existisse ele seria a maior coisa que poderia haver e que um Deus real é muito maior que um Deus imaginário apenas; argumentou então que não há algo maior do que um Deus nem é possível pensar em nada maior; o que o levou a conclusão de que a única alternativa para esta contradição é aceitar que Deus – um Ser do qual não é possível pensar nada maior – realmente existe no pensamento e na realidade.
Assim como Agostinho e Boécio, não trouxe ideias inovadoras para seu tempo, tampouco apresentou conceitos religiosos novos que pudessem despertar o interesse de cientistas pelo cristianismo. Contudo teve importância ao ser um intelectual totalmente formado e reformado pela Igreja Católica – trabalho que se deu início com uma percepção de Agostinho 600 anos antes. Está entre os primeiros sacerdotes que usou de artifícios científicos e raciocínio lógico para defender os fundamentos do Cristianismo, sua teoria foi considerada confusa e não convenceu muitos, contudo marcou o início da percepção de que a Igreja deveria utilizar fundamentos mais fortes do que apenas a fé para aumentar sua longevidade.