O Homem é algo a ser superado.
“O Homem é uma corda entre o animal e o super-homem: uma corda sobre um abismo.” [Nietzsche]
“Nos indivíduos, a loucura é algo raro; mas nos grupos, nos partidos e nos povos, nas épocas é a regra.” [Nietzsche]
Em sua obra Assim Falou Zaratustra o filósofo criticou todo o pensamento ocidental desde os primórdios, em particular o que entendemos por Homem ou a Natureza Humana, o que acreditamos ser Deus e o que entendemos por moral e ética. Zaratustra, um profeta fictício, passou 10 anos em meditação nas montanhas; ao voltar para compartilhar sua sabedoria encontrou um Homem que o desencorajou e citou a montanha como um lugar para rir, chorar, sofrer, cantar e louvar a Deus – Zaratustra então ri e pensa consigo, como este homem ainda não percebeu que Deus está morto!
A morte de Deus defendida por Nietzsche não foi apenas um ataque à religião, mas sim de todos os valores elevados e virtuosos que um dia possamos ter, pois estes se foram a um longo tempo; afirmou que o Homem considera como boas, muitas ações que não fazem mais do que limitar nossas vidas, citando a necessidade de romper com esses ideais para alcançar uma vida diferenciada. Mostrou toda filosofia ocidental como baseada, desde seus primórdios com Platão, no mundo ideal e o percebido; distanciando o Homem da importância do mundo onde vivemos hoje. Do mesmo modo o Cristianismo barganhava nossa vida de hoje por outra futura e perfeita que ainda está por vir; o que de certo modo nos levava a esperar pela morte.
Segundo o filósofo encontramos a verdade quando paramos de importar com o mundo ideal e aceitamos o mundo aparente; o resultado é um mundo único sem transferência futura de valores permitindo derrubar o que conhecemos como natureza humana, desta superação nasceria o Super-Homem, capaz de testar e ampliar seus limites indefinidamente. Apesar de ter suas obras distorcidas para beneficiar o Nazismo, sua frase “O Homem deixa de ser supérfluo quando o Estado termina” mostra sua aversão ao Nacionalismo.