Dividir a produção de alfinetes para ter mais alfinetes.
“Qualquer ampliação da divisão do trabalho propicia vantagens a todos que participem dela.” [Ludwig Von Misses]
A divisão do trabalho bem ou a especialização não são uma invenção acadêmica, e sim um comportamento baseado em habilidades que sempre existiu naturalmente. O que vivenciamos hoje é a “artificialização” do trabalho especialista em busca de maior produtividade.
Platão em 400 a.c. citou a importância da divisão do trabalho na formação e crescimento das cidades, estas requeriam um conjunto de bens e serviços para atrair cidadãos; esta especialização formou profissionais como padeiros, sapateiros, construtores, costureiras, agricultores. Al-Ghazali, em 1.000 d.c., notou que produções simples como as de pães, envolviam centenas de profissionais desde o plantio do trigo, criando uma interdependência e possível separação de responsabilidades.
Mandeville, observou a importância da divisão do trabalho na “Fábula das Abelhas”, onde expôs suas críticas aos que discutiam o progresso com base na virtude do Homem; que segundo ele era uma visão moralista e não racional; para ele o Homem, mesmo não virtuoso, pode contribuir para o progresso se cumprir seu papel de trabalhar gerando benefícios indiretamente em prol da sociedade. Adam Smith baseou sua economia liberal na divisão do trabalho nos meios de produção, a especialização por trabalhos repetitivos seria a base da produtividade o que geraria mais lucro e fortaleceria o progresso econômico.
Karl Marx atacou este pensamento, afirmou que é uma forma de alienação pois resume o Homem ao um trabalho artificial e que pode ser substituído por uma máquina; além de criar classes sociais e impor uma hierarquia fabril que inexistiria naturalmente. Reforçou que esta divisão era um mal necessário que deveria ser superado. Ludwig contra atacou os pensamentos de Marx mostrando os benefícios desta divisão; pois com a redução do trabalho para todos sobraria mais tempo tanto para lazer quanto adquirir informação.