O Capitalismo destrói o velho e cria o novo.
“Se a princípio a ideia não é absurda, não há esperança para ela.” [Albert Einstein]
Consciência, pensamento e raciocínio são os principais diferenciais do Homem quando comparado aos outros animais existentes na Natureza. Coincidentemente ou consequentemente são os atributos mais valorizados pela ciência, e onde depositamos uma boa dose de crença e esperança para melhoria da sociedade.
Marx, em sua análise do Capitalismo, defendeu que este caminha através de crises repetitivas que apesar de criar o novo também destrói repetitivamente a força produtiva; Werner Sombart discordou ao citar que a destruição abre caminho para novas criações ainda mais inovadoras.
Em 1942, Joseph Schumpeter, um economista Austríaco, defendeu a não intervenção do Estado durante depressões com o argumento de que as crises são a metamorfose econômica, saindo do ineficiente para construir um novo e efetivo modelo. Ao sair do dualismo de Marx-Smith que muitos autores discutiam na época, o autor pode se concentrar na ideia de que o Lucro vem da inovação, e não da exploração do trabalho ou do capital.
Centralizou sua tese no empreendedor, que em sua perspectiva era o único responsável por manter a economia em constante melhoria; esta nova classe seria um efeito-colateral da grande burocracia e excesso de respostas simplesmente adaptativas dos donos de capital; o empreendedor, e não o burguês auxiliado pela “mão invisível do mercado”, era quem gerava perturbações no mercado abrindo novas oportunidades e inovações.
Na década de 90, Clayton Christensen classificou as inovações citadas por Schumpeter em dois tipos: a inovação de sustentação consiste em melhorias adaptativas do que já existe no mercado, enquanto a inovação de ruptura é aquela que abala o mercado, destruindo o velho e criando o novo.
Marx citou a “destruição criativa” como uma espada de dois gumes, pois dela é possível tirar grande força e renovação, mas também é capaz de causar uma ruptura tão grande que poderia destruir o próprio sistema. Para Schumpeter, as grandes empresas são os principais motores da inovação, e as gigantes que se tornam por demais burocráticas acabam por estagnar.
Temos presenciado no Brasil, um grande mercado em consultoria, ensino e propagação da inovação; não diferente, muitas outras nações passam pelo mesmo processo. Importante perceber que este movimento não é uma novidade por si só. A base da teoria da inovação são as mesmas de Schumpeter que foram uma resposta à crise de 1929; resgatadas novamente por Christensen em 1995 devido à crise de 90.
O momento inovação que vivemos hoje é uma resposta científica para a crise de 2008, quando o crédito se torna escasso, e o medo segura os investimentos a teoria de Schumpeter é sempre resgatada, ela é o herói capaz de resolver todos os problemas e trazer segurança ao mercado e o conforto a Terra.