O comportamento é moldado por reforços positivos e negativos.
“O objetivo do behaviorismo é eliminar todo tipo de coerção, transformando o ambiente e ajustando o que nos controla.” [Skinner]
“A objeção aos estados internos não é por eles não existirem, mas pelo fato de não serem relevantes a análise funcional.” [Skinner]
Nascidos nos EUA, iniciou sua carreira como escritor, contudo não obteve sucesso. Estudou psicologia, disciplina da qual foi professor e pesquisador, publicou diversas pesquisas mantendo se ativo até o dia de sua morte.
Os estudos de Pavlov e Watson foram continuados por Skinner, que aprimorou a metodologia científica bem como os equipamentos de testes. Ao complementar o condicionamento clássico mostrando a importância das consequências das ações no aprendizado do comportamento fortaleceu o behaviorismo dentro da psicologia.
A caixa de Skinner auxiliou em pesquisas que mostraram como recompensas positivas as ações fortaleciam a repetição da mesma chamou esta relação de condicionamento operante mostrando que o comportamento se repete não apenas pelos estímulos recebidos mas também consequência de atos. Também experimentou o oposto, onde notou que consequências negativas reduzia uma ação no comportamento; até mesmo ações que tendem a diminuir consequências negativas seriam repetidas mais frequentemente.
Os experimentos de Skinner mostraram que reforços positivos agilizavam o aprendizado mais que reforços negativos os bloqueassem. Defendeu a teoria da seleção pela consequência onde a história de uma espécie dependia de sua genética e do seu ambiente. Lançou o Projeto Pombo, financiado militarmente, que buscou a criação de mísseis guiados por pombos condicionados; em seu livro Waden II descreveu uma sociedade utópica fundamentada no comportamento aprendido pelo condicionamento operante.
Skinner questionou o sistema de ensino da década de 50, que trazia longas atividades com poucos feedbacks, pregou que reforços positivos deveriam ser mais constantes. Ressuscitou o debate determinismo versus livre arbítrio, onde o segundo não passaria de uma ilusão gerada pelas consequências de nosso comportamento controlado.
O behaviorismo radical do pesquisador nunca negou os processos do pensamento ou do estado mental, contudo considerava-os um assunto subjetivo e sem resultados científicos. Com a redução de psicólogos dedicados ao behaviorismo reduziu-se o poder das teses de Skinner, que mesmo sem o foco da comunidade influenciaram em muito a psicologia educacional e clínica.
Sem dúvidas o uso de recompensas e punições, ou o uso de consequências positivas e negativas nos permitem moldar o comportamento de crianças, adolescentes e adultos. É fato também que tais técnicas podem ser utilizadas com intenções maléficas e benéficas; mas quais seriam as consequências em se criar uma sociedade viciada no resultado? Cujo prazer ou satisfação em construir inexiste, onde a intolerância à falha representada no medo é capaz de ofuscar a criatividade e a busca pelo novo. Talvez a geração imediatista que percebemos atualmente seja um mero reflexo do condicionamento criado pela sociedade durante os últimos séculos.