Um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado.
“A vocês, foi dada a escolha entre guerra e desonra. Escolheram a desonra e terão a guerra.“ [Winston Churchill]
Depois da destruição causada durante a I Guerra Mundial, a resolução de conflitos através do diálogo havia se tornado a regra a ser seguida, contudo Winston Churchill viu nesta resolução um movimento perigoso conforme o fascismo e o nazismo tomava conta de parte da Europa e Hitler e Mussolini chegavam ao poder.
A dificuldade em recuperar sua economia e evitar um confronto direto com o crescente poder de Hitler levaram os primeiros-ministros britânicos Stanley Baldwin e Neville Chamberlain a fazer concessões e atender demandas da Alemanha nazista para evitar uma nova guerra armada.
Em 1933, Churchill alertou o parlamento inglês sobre tão grande complacência com a Alemanha nazista, contudo fora ridicularizado por suas excessivas preocupações bélicas e foi colocado numa posição parlamentar de menor relevância. Hitler tirou proveito desta política de apaziguamento e oferecendo em troca somente uma garantia de paz conseguiu quebrar o Tratado de Versalhes quando remilitarizou, Renânia, anexou a Áustria, bem como recuperou a região Sudetenland, então parte da Checoslováquia.
Apesar de ser uma voz solitária no parlamento britânico cujo discurso não aceitava a negociação com os nazistas, as decisões de apaziguamento foram vistas com bons olhos pelo público inglês que ansiava pela paz. Churchill mostrou que sua perspectiva estava correta levando a Inglaterra a declarar guerra contra a Alemanha quando esta invadiu a Polônia, dando início a II Guerra Mundial; período no qual Winston Churchill exerceu o cargo de primeiro ministro inglês.
Desde o fim da II Guerra Mundial e com a criação das Nações Unidas, o que se percebe cada vez mais é uma busca pela resolução de conflitos de forma não armada, infelizmente esta resolução não impediu ataques unilaterais como o que ocorreu na segunda guerra do Iraque, tampouco evitou as intervenções americanas no Vietnã.
Apesar da capacidade de destruição em massa de algumas potências, é pouco provável que uma nação isoladamente consiga fornecer um perigo de dominação armada por todo o mundo, somos mais de 6 bilhões de indivíduos e vivenciamos uma globalização cuja guerra generalizada certamente traria mais perda do que benefícios aos principais interessados nesta estabilidade mundial.
Contudo nem todos os países fazem parte desta nova ordem econômica, e vêm cada vez mais o aumento da instabilidade política em suas regiões; muitos desses países, assim como a Alemanha após a Primeira Guerra são empurradas ao totalitarismo que alimenta o ódio e acabam por levar ao massacre multidões.