Nada grandioso é criado repentinamente
“Uma lucrativa empresa pode ficar sem caixa ao tentar crescer velozmente, mesmo com produtos de grande sucesso.” [Neil Churchill e John Mullins]
Edward Hess possui mais de 30 anos de experiência no mundo dos negócios, sua especialidade é desvendar mitos e lendas da máxima empresarial onde crescer é sempre bom. Possui dezenas de livros e centenas de artigos onde aponta que empresas ao assumir o pensamento “crescer ou morrer” estão mais propensas de fato a “crescer e morrer”.
Surpreendentemente, umas das grandes razões que levam negócios a falhar é o seu rápido crescimento; ao estimular um crescimento demasiadamente rápido é comum empresas perderem o controle sobre o fluxo de caixa tornando-se vulneráveis a oscilações periódicas do mercado. Para equacionar este problema, Neil Churchill e John Mullins criaram o SFG, Self-Financeable Growth, uma metodologia que procura mostrar a capacidade de crescimento de uma empresa utilizando apenas financiamento interno. Este modelo considera três grandes aspectos: tempo em que o dinheiro está preso em inventário, dinheiro necessário para aumentar a venda em U$ 1 e a quantidade de caixa gerado para cada U$ 1 vendido.
Dominando o SFG a empresa é capaz de manter uma taxa de crescimento que seja sustentável. Caso o mercado esteja crescendo a taxas maiores que a sustentada pela companhia, Churchill e Mullins recomenda para acompanhar o mercado três ações: acelerar o fluxo de caixa, reduzir custos ou aumentar os preços. Contudo, um gestor deve entender que crescimento não se trata apenas de uma estratégia, e sim uma mudança complexa de processo que exige procedimento, experimentação e um ambiente interno propício para uma expansão adequada; caso contrário o crescimento pode se tornar uma variável de stress que abale a cultura e os processos, podendo até destruir os valores da empresa levando-a a falência.
Difícil encontrar um profissional no mundo, que não esteja inserido em uma organização cujo objetivo é crescer exponencialmente nos próximos anos; grande parte desta estratégia parte da premissa verdadeira que o Ser Humano é de fato uma espécie com grande capacidade de atingir metas; impressionante que mesmos as mais complexas podem ser atingidas com a pressão, direcionamento e orçamento adequados.
Mais raro ainda, é encontrar profissionais que estão inseridos em organizações cujo objetivo é crescer não apenas o faturamento, lucro e participação no mercado; mas também o corpo de pessoas com a competência correta e criar uma estrutura organizacional que seja sustentável. Apesar de celebridades; CEOs e Conselheiros são apenas Homens, e apesar de possuírem grande capacidade de motivação e busca por um objetivo carregam consigo os vícios de não se aprofundarem em assuntos que aparentemente estão bem encaminhados.
Hoje um destes vícios, está em acreditar que o crescimento financeiro deve ser acompanhado apenas pelo aumento do corpo de colaboradores, sem distinção de capacidade técnica, domínio tecnológico e claro, processos bem estruturados que sustentem escalabilidade e capacidade de atender de forma organizada os milhares de novos clientes que estão por vir.