Ao invés da maquiagem contábil, a maquiagem ambiental.
“Se tornar verde não é uma opção.” [Andrew Winston]
A estratégia de propagandas “verdes” se deu início após as Organizações Unidas emitir o Relatório Brundtland que mostrou a necessidade em se proteger o ambiente; pesquisas que mostravam a preocupação do consumidor com o tema levaram muitas organizações a reverem sua estratégia e imagem. Contudo na década de 90 percebeu-se que apesar desta preocupação os consumidores não estavam dispostos a pagar mais pelo ecologicamente correto, o que levou as organizações a optar por estruturações superficiais que lhes permitem adotar uma estratégia “verde” sem de fato ajudar a resolver os problemas ambientais.
Governos e organizações podem se utilizar de artifícios enganosos para confundir a opinião pública, escondendo informações relevantes. Esta “maquiagem” – que ficou conhecida nos EUA por whitewash – para realizar fraudes contábeis ou esconder informações de relevância, começou a ser estruturada também, em uma campanha de marketing de cunho ambiental para convencer a sociedade do ativismo ecológico da organização, tal prática ficou conhecida como Greenwash.
A preocupação do homem com a natureza e a interferência da sociedade data de milhares de anos, contudo com a escalda da Revolução Industrial e a facilidade de fluxo de informação, consumidores começaram a se mostrar mais preocupado com o meio ambiente. Até a década de 1980, grande parte das organizações enxergavam o ativismo ambiental apenas como um problema a ser contornado; contudo as notícias sobre o buraco na camada de ozônio levaram muitos clientes a promover o boicote de produtos que utilizavam o CFC, levando muitas companhias a alinhar seus produtos e sua identidade à uma causa ambiental.
Apesar das diversas campanhas sedutoras e a tentativa de criar uma relação com o consumidor mais consciente, as pessoas desenvolveram um comportamento de ceticismo e de incredulidade nas reais intenções das organizações em se tornarem ecologicamente correta. Atualmente, esta massa de consumidores conscientes, conseguem diferenciar as empresas que praticam o greenwashing.