Não é uma questão de não poder pensar pequeno.
“Globalização não é uma força monolítica, mas uma evolução de consequências – algumas boas, algumas ruim e outras nem se quer intencionadas. É a nova realidade. [John B. Larson]
“A Globalização pode ser uma grande oportunidade.” [Emmanuel Macron]
A Sociologia nasceu da curiosidade Iluminista em se entender o impacto da industrialização, racionalização e capitalismo na sociedade. Com o passar do tempo e amadurecimento da disciplina percebeu-se que uma nova força estava entrando em ação: a Globalização.
Comércio entre impérios bem como empresas multinacionais já existiram desde o século XVI, contudo a velocidade com que estas interconexões estavam fechando aumentaram drasticamente com a revolução industrial e tudo indica está se tornando ainda mais rápido no século XX com o avanço da Internet e a digitalização da economia.
Zygmunt Bauman enxergou que o impacto tecnológico é tão forte e constante que entramos em um estágio de liquidez e constante mudanças, enquanto Manuel Castells observou a formação de redes sociais e anunciou que uma sociedade sem fronteiras se teria também impactos sem fronteiras, o que na percepção de Roland Robertson não acabaria por criar uma identidade universal e sim uma mescla de diversas culturas com uma espinha dorsal universal.
As migrações deixam de ser um movimento do campo para as cidades e se tornam internacional e intercontinental, a migração econômica tem sido um dos principais fatores de sustentação de muitos países ricos, estes o destino de pessoas buscando mais prosperidades e oportunidades. Com todo este movimento uma das questões levantadas está no impacto cultural que esta migração vai causar, ainda mais com o passar das gerações inclusive pode modificar como a identidade do indivíduo é formada.
Muitos sociólogos tentam entender onde tudo isso vai parar, principalmente com o fato de que a globalização beneficia diretamente os países mais desenvolvidos aumentando ainda mais a desigualdade entre as nações e empurrando países pobres ou em desenvolvimento para posições ainda mais secundárias cuja principal importância está no fornecimento de recursos naturais.
Ulrich Beck chamou atenção de como a globalização está acabando com culturas tradicionais e como o encantamento pelo progresso tecnológico está tornando o Homem cético aos problemas que estamos enfrentando, problemas estes segundo Anthony Giddens de escala e complexidades globais que se demorarem a ser endereçado podem ser tarde demais.